Cronologia do fotógrafo Luiz Bianchi (1876 – 1943)
1880 – 1899 – Carlos Bianchi, seu pai, possuia um pequeno jornal em Buenos Aires, frequentado por ele. Luís passou um tempo no Exército. Luís teria aprendido o ofício de fotógrafo no período em que residiu na Argentina.
1900 – 1910 - No início do século XX, Luís Bianchi veio para o Brasil e começou sua trajetória profissional na Lapa, cidade do Paraná, como agricultor, mas não teve sucesso.
Ainda na Lapa, trabalhou com um fotógrafo alemão, entre 1906 e 1907, ano em que fotografou a pedra fundamental da Santa Casa de Misericórida de Ponta Grossa, inaugurada em 1913.
Foi contratado como fotógrafo pela Brasil Railway Company, empresa responsável pela construção da estrada de ferro na região.
Casou-se, em Curitiba, com Maria Thommen, de família suíça, e mudaram-se para Ponta Grossa, em torno de 1909, ano em que o casal Bianchi abriu uma loja de comércio de vários produtos, a Casa de Armarinho e Modas Thommen & Bianchi. A fotografia era uma ocupação paralela e o estabelecimento ficava na rua Fernandes Pinheiro.
1910 – 1919 – Maria Thommen Bianchi tornou-se sua colaboradora e realizava os serviços de laboratório como revelação e retoques.
O casal teve quatro filhos, Rauly (1911 -1987), Fleury (19? -?), que se dedicou à cinematografia; Leonardo (19? – ?) e Raul, que morreu com pouco tempo de vida.
O ateliê Fotografia Bianchi foi formalizado como empresa, em 1913, e passou a funcionar na rua XV de Novembro, nº5. Na época, era a rua mais movimentada de Ponta Grossa.
1920 – 1939 – A Fotografia Bianchi permaneceu no novo endereço tendo sempre a sua frente Luís.
1940 – 1949 – Em fevereiro de 1943, a Fotografia Bianchi transferiu-se para na rua Sete de Setembro, nº 92, onde a família passou a morar.
Em 12 de abril de 1943, falecimento de Luís Bianchi, que foi sucedido por seu filho Rauly.
1950 – 1979 – Durante este período a Fotografia Boanchi foi dirigida por Rauly (1911 – 1987).
Em 1950, nascimento de Raul Bianchi (1949 – 2002), filho de Rauly e neto de Luís.
1980 – 1999 – Em 1987, falecimento de Rauly (1911 – 1987), que foi sucedido na Fotografia Bianchi por seu filho Raul (1949 – 2002).
2000 – 2009 – A Fotografia Bianchi foi roubada em 26 de janeiro de 2001 e segundo Raul, seu proprietário na ocasião, foi perdida uma média de 90 mil reais em equipamentos e ele teria ficado “sem os dedos para trabalhar”. No mesmo ano a loja foi fechada e vendida. Parte do acervo de negativos do ateliê foi vendido, em 30 de março de 2001, à Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.
O acervo da Fotografia Bianchi, composto por cerca de 45 mil negativos em chapa de vidro e celulose flexível, assim como os cadernos de registo do estabelecimento, passam a ficar sob a responsabilidade da Casa da Memória Paraná/Fundação de Cultura.
Em 2002, falecimento de Raul Bianchi (1949 – 2002).
2010 – 2019 – Em 2014, o Museu Campos Gerais, inaugurado em Ponta Grossa, em 1983, realizou uma exposição com 20 registros de Luís Bianchi.
* Muitas vezes o nome do fotógrafo é escrito Luís, com s, mas a pesquisadora Patricia Camera, achou a marca dele “Luiz Bianchi” em alguns cartões de visita e postais.
Andrea C. T. Wanderley
Editora e pesquisadora do portal Brasiliana Fotográfica