Cronologia de Walter Garbe (18? – 19?) e de seu pai, Ernst Garbe (1853 – 1925)

Cronologia de Walter Garbe (18? – 19?) e de seu pai, Ernst Garbe (1853 – 1925)

 

1853 – Nascimento de Ernst Garbe, em 22 de novembro, em Gorlitz, na Alemanha, filho de Augusto e Henriqueta Garbe.

1882 - Ernst Garbe veio pela primeira vez ao Brasil e daqui levou grandes carregamentos de animais vivos da fauna sul-americana para Hamburgo, além de grande quantidade de couros de aves, mamíferos e peixes.

1901/1902 - Ernst Garbe explorou a região do rio Juruá, no norte do Brasil, subvencionado pelo Museu Paulista.

1902 – Ernst Garbe trouxe para o Museu Paulista os primeiros exemplares de mico-leão-preto: três espécimes, uma fêmea e dois machos, coletados em Vitoriana, município de Botucatu, em São Paulo. Foi o segundo registro histórico da espécie.

Foi contratado como naturalista-viajante do Museu Paulista em 26 de dezembro, por proposta do então diretor da instituição, o alemão Hermann von Inhering (1850 – 1930). Exerceu esse cargo até sua morte, em 1925.

1904 – Publicação de um artigo sobre a expedição feita por Ernst Garbe, entre 1901 e 1902, no rio Juruá, no norte do Brasil (Boletim do Museu Paraense, 1904).

1905 – Ernst e seu filho, Walter Garbe, partiram do Rio de Janeiro para Caravelas, na Bahia, a bordo do Guarany (Brazilian Review, 17 de outubro de 1905, primeira coluna).

1906 - Walter, excelente auxiliar e fotógrafo artista, em companhia de seu pai, o alemão Ernst (Ernesto) Garbe explorou a região do rio Doce, desde a fronteira do estado de Minas Gerais até Linhares e na Lagoa Juparanã, no Espírito Santo. Obtiveram valiosas coleções zoológicas, mas, na ocasião, não se relacionaram com os índios.

1907 – Walter Garbe chegou ao Rio de Janeiro a bordo do paquete Muqui, que vinha de Caravelas, na Bahia, tendo feito escala em Guarapari, no Espírito Santo (Correio da Manhã, 18 de abril de 1907, na terceira coluna).

Ernst Garbe partiu rumo a Manaus e escalas no paquete Maranhão (Gazeta de Notícias, 27 de outubro de 1907, na última coluna).

1908 - Ernst Garbe chegou a Vitória vindo de Caravelas, na Bahia, a bordo do Guanabara (O Estado do Espírito Santo, 20 de dezembro de 1908, na primeira coluna). No dia seguinte, chegou ao Rio de Janeiro (Jornal do Brasil, 21 de dezembro de 1908, na última coluna).

1909 – Entre março e maio, Walter Garbe fez diversas excursões à margem esquerda do rio Doce, no Espírito Santo, e obteve uma coleção de peças etnográficas dos índios “botocudos”.

1911 – Walter Garbe partiu para Manaus e escalas no paquete Alagoas (Gazeta de Notícias, 1º de julho de 1911, quinta coluna).

Walter Garbe chegou a Vitória, procedente do Rio de Janeiro, no paquete Bahia (Diário da Manhã, 14 de setembro de 1911, quarta coluna).

1912 – Walter Garbe embarcou no paquete Manaus, que seguiu para Manaus e escalas (O Paiz, 19 de janeiro de 1912, segunda coluna).

No Rio de Janeiro, Ernst Garbe ficou hospedado no Hotel Familiar Globo (O Paiz, 14 de maio de 1912, na quinta coluna).

1913 - Publicação na primeira página do Correio Paulistano de 23 de fevererio de 1913 da matéria Fauna e flora do Brasil – As excursões e os trabalhos de um naturalista-viajante, ilustrada com uma fotografia de Ernst Garbe.

 

jornal

Fotografia na primeira página do Correio Paulistano de 23 de fevereiro de 1913 com a legenda O sr. Ernesto Garbe preparando sua caça para o Museu Paulista.

 

Ernst Garbe naturalizou-se brasileiro (Jornal do Commercio, 25 de julho de 1913, na sexta coluna).

Walter Garbe e família chegaram ao Brasil a bordo do paquete alemão Tucuman, vindo de Hamburgo e escalas (O Imparcial, 5 de novembro de 1913, na segunda coluna).

1915 – Foi noticiado que Ernst Garbe acabara de fazer uma excursão zoológica ao longo do rio Uruguai, no Rio Grande do Sul (Correio Paulistano, 23 de julho de 1915, primeira coluna).

1917 – Ernst Garbe tornou-se sócio da União Internacional Protetora dos Animais (Correio Paulistano, 1º de maio de 1917, na segunda coluna).

1919 - A secretaria do Interior de São Paulo fez um pagamento a Ernst Garbe (Correio Paulistano, 28 de março de 1919, na quarta coluna).

Foi publicada a matéria O resultado das recentes pesquisas realizadas pelo naturalista sr. Ernesto Garbe (Correio Paulistano, 7 de setembro de 1919, na penúltima coluna).

1920 - A secretaria do Interior solicitou do presidente do Lloyd Brasileiro no Rio de Janeiro passagem daquele porto para Belém e de Belém a Manaus para Ernst Garbe, naturalista viajante do Museu Paulista (Correio da Paulistano, 13 de abril de 1920, na terceira coluna).

Ernst Garbe seguiu para o Rio de Janeiro, vindo de São Paulo, no primeiro trem noturno (O Paiz, 28 de abril de 1920, na penúltima coluna).

No mês de abril, Ernst Garbe seguiu para a Amazônia. Essa foi a última excursão que realizou.

No trem noturno, Walter Garbe seguiu do Rio para São Paulo (Correio Paulistano, 6 de agosto de 1920, sexta coluna).

1921 – A secretaria do Interior fez um pagamento a Ernst Garbe (Correio Paulistano, 20 de janeiro de 1921, na sétima coluna).

Durante o carnaval, em Santa Thereza, no Espírito Santo, O sr Walter Garbe, conhecido fotógrafo, tirou várias fotografias inclusive a do salão principal do Governo Municipal (O Povo, 13 de fevereiro de 1921, primeira coluna).

O diretor do Museu Paulista informou que Ernst Garbe estava desde abril de 1920 explorando a Amazônia, tendo coletado mais de 300 mamíferos, cem aves, ofídios, répteis, batráquios, aracnideos, crustáceos, lepdopteros, insetos e peixes. Elogiou os trabalhos feitos por ele em outras regiões do Brasil (Correio Paulistano, 21 de maio de 1921, na sétima coluna).

A secretaria da Fazenda de São Paulo fez um pagamento a Ernst Garbe (Correio Paulistano, 25 de agosto de 1921, na quinta coluna).

1922 – Walter Garbe esteve no palácio do Governo do Espírito Santo (Diário da Manhã, 7 de janeiro de 1922, na segunda coluna).

O fotógrafo Walter Garbe residia em Santa Leopoldina, no Espírito Santo (Diário da Manhã, 8 de janeiro de 1922, na quarta coluna).

O senhor Elpidio Pimentel havia recebido da secretaria de Agricultura do Espírito Santo 76 fotografias produzidas por Walter Garbe (Diário da Manhã, 3 de agosto de 1922, na quarta coluna).

A coleção exposta na sala de ornitologia do Museu de Ciências foi ampliada com a presença de aves amazônicas trazidas pelo naturalista Ernst Garbe (Correio Paulistano, 4 de setembro de 1922).

A prefeitura de Santa Leopoldina mandou, pelo hábil fotógrafo Walter Garbe, tirar diversos filmes cinematográficos da cidade, com a sua movimentada vida comercial, das nossas vias de comunicação; das nossas quedas d´água; do transporte do café da colônia para aqui e daqui para Vitória, via fluvial, e também das imponentes festas do Centenário aqui realizadas (O Jornal, 11 de novembro de 1922, na coluna).

1923 – Walter Garbe requereu da secretaria de Agricultura o pagamento por serviços fotográficos em diversos municípios do Espírito Santo (Diário da Manhã, 31 de agosto de 1923, na quarta coluna).

1924 – Walter Garbe esteve no palácio do governo do Espírito Santo (Diário da Manhã, 18 de março de 1924, na última coluna).

Ernst Garbe foi mencionado na matéria Uma visita ao Museu do Ypiranga como o responsável pelas recentes aquisições de animais da Amazônia (Gazeta de Notícias, 23 de março de 1924).

Walter Garbe foi um dos compradores da cidade de Vitória da Empresa Territorial Nova Capital Federal (Diário da Manhã, 15 de julho de 1924).

Walter Garbe foi um dos convidados ao casamento do prefeito de Vitória, Otávio Peixoto, com Elida Avidos (Diário da Manhã, 20 de novembro de 1924, na última coluna).

Ernst Garbe foi citado no artigo Porto Seguro em princípios do século XIX, de autoria de Afonso d’Escragnolle Taunay (1876 – 1958), na época diretor do Museu Paulista (América Brasileira, novembro – dezembro de 1924).

1925 – Ernst Garbe ainda ocupava o cargo de naturalista-viajante do Museu Paulista (Almanak Laemmert, 1925).

Falecimento de Ernst Garbe em 4 de julho, em São Paulo (O Dia, 5 de julho de 1925, na segunda coluna e O Paiz, 9 de julho de 1925, na quarta coluna). Publicação de um perfil sobre ele, escrito pelo então diretor do Museu Paulista, Afonso d’Escragnolle Taunay (1876 – 1958) (Correio Paulistano, 7 de julho de 1925).

1928 – A prefeitura de São Paulo indeferiu um pagamento a Walter Garbe (Correio Paulistano, 21 de março de 1928, na segunda coluna).

1929 – A secretaria da Fazenda de São Paulo fez um pagamento a Walter Garbe (Correio Paulistano, 28 de dezembro de 1929, na segunda coluna).

1932/1933 – De outubro de 1932 a abril de 1933, Walter Garbe participou com Carlos Camargo de uma expedição comandada por Olivério Pinto. Foram coletadas aves do estado da Bahia – no vale do rio das Contas e nos arredores de Caravelas. Perto de Salvador, coletaram também na ilha da Madre de Deus.

1937 – Walter Garbe era um dos componentes da Bandeira Anhanguera que após uma temporada na região do rio das Mortes, onde teve contato com os índio xavantes, sob o comando do sertanista e escritor Hermano Ribeiro da Silva(? – 1937), retornou a São Paulo (Correio Paulistano, 5 de dezembro de 1937, na primeira coluna).

 

Andrea C. T. Wanderley

Editora e pesquisadora do portal Brasiliana Fotográfica

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