Cronologia de Otto Hees (1870 – 1941)

Cronologia de Otto Hees (1870 – 1941)

 

1870 – Otto Friedrich Wilhelm Karl Hees nasceu em 4 de setembro de 1870, em Petrópolia. Era um dos 11 filhos do fotógrafo alemão Pedro Hees (1841 – 1880) com Maria Glasow Hees (1843 – 1928). Seus irmão eram Ana Catarina Hees (1861-1944), Edmundo Frederico Nicolau Hees (1862-1944), Fernando Jacob Hees (1865-1866), Fernando Mauricio Hees (1867-1893), João Batista Hees (1868-1876), Elisa Matilde Hees (1872-1932), Maria Olga Hees (1872-1958), Joana Teresa Hees (1874-1900), Numa Augusto Hees (1877-1961) e Isabel Emma Hees (1878-1943). 

1876 - Seu pai, Pedro Hees, em 16 de agosto de 1876, tornou-se Fotógrafo da Casa Imperial. Segundo Boris Kossoy, recebeu do conde e da condessa d´Eu “a graça de usar o título de Photographo de sua Imperial Caza e de collocar na porta do seu estabelecimemnto as respectivas armas”. O documento foi assinado por Benedicto Torres, mordomo do conde d’Eu e da princesa Isabel.

1880 – Em julho, falecimento de seu pai, com que havia aprendido fotografia.

1882 - Otto havia iniciado seus estudos no Colégio Alemão, em Petrópolis, e, em dezembro de 1882, foi premiado (O Mercantil, 20 de dezembro de 1882, quarta coluna). O estabelecimento fotográfico de Pedro Hees foi arrendado ao fotógrafo Antonio Henrique da Silva Heitor (18?-?), que recebeu o título de Fotógrafo da Casa Imperial, em 2 de março de 1885, outorgado por dom Pedro II.

1888 – Em março de 1888, Otto já havia assumido o estúdio (Alggemeine Deutsche Zeitung, 31 de março de 1888, última coluna).

1889 – Em 23 maio de 1889, produziu a fotografia da Família Imperial, provavelmente a última antes do exílio.

 

 

 

Em outubro de 1889, Otto abriu um estúdio em Juiz de Fora, Minas Gerais, e retornou a Petrópolis no mês seguinte (O Mercantil, 20 de novembro de 1889, última coluna).

 

 

 

1890 - Em 1º de fevereiro de 1890, o estabelecimento passou a chamar-se Hees & Irmãos, de Numa Augusto e Otto.

 

 

1892 - Alistou-se no exército, seguindo também a carreira militar.

1895 - Em abril de 1895, fazia parte da administração do Asilo de Caridade de Petrópolis (Boletim do Grande Oriente do Brasil, Jornal Oficial da Maçonaria, abril de 1895).

Em maio de 1895, tornou-se um dos primeiros ciclistas a efetuar o trajeto Petrópolis-Juiz de Fora. Foi um dos fundadores do Clube Alemão e, ainda nessa década ficou conhecido em Petrópolis por ter organizados muitas festas.

1900-  Foi candidato a vereador geral e a juiz de paz em Petrópolis.

1901 – Foi empossado como juiz de paz em Petrópolis. Também em 1901, quando era tenente, produziu fotografias de ladrões para arquivamento da polícia.

1902 – Trabalhou na Sul América Seguros

1903 – Fotografou o barão do Rio Branco (1845 – 1912) e outras personalidades, em 17 de novembro de 1903, logo após a assinatura do Tratado de Petrópolis, que incorporou o território correspondente ao Acre ao Brasil.

 

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Foi reeleito para o cargo de juiz de paz para o biênio 1904-1905.

1910 - Foi eleito vereador por Petrópolis. Já era major. Nas décadas seguintes, afastado comercialmente da fotografia, exerce os cargos de secretário executivo e delegado de polícia na sua cidade natal (Enciclopédia Itaú Cultural).

1941 – Faleceu em Petrópolis, em setembro de 1941 (Jornal do Brasil, 17 de setembro de 1941, quarta coluna).

1946 –  A imagem da família real produzida por Otto Hees foi reproduzida no artigo Isabel, a Redentora, publicado em A Noite, de 30 de julho de 1946. É referida como o último flagrante de parte da família Imperial no Brasil.

 

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Andrea C. T. Wanderley

Editora e pesquisadora do portal Brasiliana Fotográfica

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