Cronologia de Pedro Hees (1841 – 1880)

 

Cronologia de Pedro Hees (1841 – 1880)

 

1841 – Nascimento de Phillip Peter Hees, que ficou conhecido como Pedro Hees, na região de Hunsruek, na Alemanha, filho de Anne Catharine Michel e Christian Sebastian Hees, marceneiro e entalhador.

1845 – Chega a Petrópolis com sua família. Seu pai trabalhou na construção do Palácio Imperial, iniciada justamente em 1845 e concluída em 1862 . Foi o palácio de verão de d. Pedro II (1825 – 1891), hoje Museu Imperial, e a residência predileta do imperador. Foi construído por determinação do monarca e às expensas de sua dotação pessoal. Para dar início à construção, d. Pedro II havia assinado, dois anos antes, um decreto em 16 de março de 1843, criando Petrópolis. Uma grande leva de imigrantes europeus, principalmente alemães, sob o comando do engenheiro e superintendente da Fazenda Imperial, major Julius Friedrich Koeler (1804 – 1847), foi incumbida de levantar a cidade, construir o palácio e colonizar a região. A família Hees integrava a primeira leva de colonos alemães que chegaram à cidade.

 

 

Década de 1860 – Pedro trabalhou no comércio como sapateiro, na rua do Bourbon e na rua dom Affonso. Ambas foram fotografadas por ele e fazem parte do álbum Vistas de Petrópolis (Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, 1962, primeira colunaAlmanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, 1964, segunda colunaAlmanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, 1965, segunda coluna). Na mesma rua dom Afonso, passou a ter uma ferraria, em 1866 (Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, 1866, segunda coluna).

1861 –  Pedro casou-se com a alemã Maria Glasow Hees (1843 – 1928), em 22 de janeiro de 1861, e tiveram 11 filhos: Ana Catarina Hees (1861-1944), Edmundo Frederico Nicolau Hees (1862-1944), Fernando Jacob Hees (1865-1866), Fernando Mauricio Hees (1867-1893), João Batista Hees (1868-1876), Otto Hees (1870-1941), Elisa Matilde Hees (1872-1932), Maria Olga Hees (1872-1958), Joana Teresa Hees (1874-1900), Numa Augusto Hees (1877-1961) e Isabel Emma Hees (1878-1943). No site Sou Petrópolis há uma foto de Maria, realizada em 12 de setembro de 1915, com 27 netos (A Noite, 23 de junho de 1922, quarta colunaSou Petrópolis e Geneanet).

 

 

Meados da década – Passou a se interessar por fotografia.

1868 - Possuía um estúdio fotográfico, a Photographia Popular, na Praça Dom Afonso, atual Praça da Liberdade, que tornou-se bastante conhecido e era frequentado pela nobreza, por políticos, diplomatas e também por comerciantes e artesãos imigrantes. Petrópolis era, na época, muito frequentada pela família imperial (Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, 1868, segunda coluna).

 

 

Últimos anos da década – Produziu o álbum Vistas de Petrópolis, que pertence à Coleção Thereza Christina, da Biblioteca Nacional, uma das instituições fundadoras da Brasiliana Fotográfica. O álbum possui 15 fotografias em papel albuminado que mostram aspectos da cidade, sua ocupação e registros de suas construções e natureza.

1870 – Pedro Hees era o secretário da Sociedade Alemã de Beneficência Bruderbund (Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro, 1868, segunda coluna).

1876 - Em março, falecimento de seu filho João Baptista Numa Hees, aos 7 anos, de pleuro-pneumonia (O Mercantil, 29 de março de 1876, terceira coluna).

Em 16 de agosto, tornou-se Fotógrafo da Casa Imperial. Segundo Boris Kossoy, recebeu do conde e da condessa d´Eu “a graça de usar o título de Photographo de sua Imperial Caza e de collocar na porta do seu estabelecimemnto as respectivas armas”. O documento foi assinado por Benedicto Torres, mordomo do conde d’Eu e da princesa Isabel.

1880 – Faleceu jovem, aos 39 anos, de entero-mezenterite (O Mercantil, 14 de agosto de 1880, última coluna). Seu estabelecimento fotográfico foi arrendado ao fotógrafo Antonio Henrique da Silva Heitor (18?-?), que, posteriormente, recebeu o título de Fotógrafo da Casa Imperial em 2 de março de 1885, outorgado por dom Pedro II.

c. 1890 – Sob o nome de Hees & Irmãos, o estúdio foi assumido pelos filhos de Pedro Hees – Numa Augusto  e Otto. Existiu até 1915. Otto foi o autor de uma importante fotografia que tudo indica ter sido o último registro da família imperial antes da proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. Também fotografou a assinatura do Tratado de Petrópolis, na residência do Barão do Rio Branco, em 1903; e os netos de Pedro II.

 

Andrea C. T. Wanderley

Editora e pesquisadora do portal Brasiliana Fotográfica

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>